Durante todo o mês de outubro a comunidade pode, através do site da Câmara votar. Foram 5347 votos ao total e o que obteve maior número de votos foi Ivo Bezzi com 3.594.

Escola do Legislativo será chama de Escola Ivo Bezzi

O Legislativo Municipal lançou campanha envolvendo a comunidade gramadense e entidades representativas para que fossem apresentados nomes para a Escola do Legislativo de Gramado. Quatro entidades enviaram sugestões e indicaram os nomes de Ivo Bezzi, Gerhard Rudolf Kleine, Professora Otília Eltz Fassbinder   e Waldomiro Rissi.

Durante todo o mês de outubro a comunidade pode, através do site da Câmara votar. Foram 5347 votos ao total e o que obteve maior número de votos foi Ivo Bezzi com 3.594, o segundo foi Gerhard Rudolf Kleine com 1.516, terceiro Professora Otília com 138 votos e Waldomiro Rissi ficou com 99 votos.

“Foi uma ação muito importante, pois utilizamos da democracia para a eleição do nome da Escola do Legislativo de Gramado. A participação da comunidade nos deixou muito felizes”, explicou Willian Camillo, diretor da Escola.

A colocação oficial do nome da Escola do Legislativo de Gramado – Ivo Bezzi se dará em ato especial a ser realizado ainda em 2018, após o procedimento de todos os atos formais necessários para tal ação. Nos próximos dias estará sendo divulgado o dia e horário dessa consolidação.

Histórico enviado pela APAE que sugeriu o nome Ivo Bezzi

A história da APAF está diretamente relacionada com a vida de Ivo e Esmeralda o Bezzi, em especial com o nascimento do último dos seus três filhos, Jorge.

Jorge nasceu no dia 7 de agosto de 1956 e ao longo dos anos não apresentava um desenvolvimento natural, comprovando-se mais tarde que este era portador da Síndrome de Down.

Ivo e Esmeralda partiram numa incansável luta em busca de melhores condições de vida para seu filho, onde ele pudesse trabalhar, estabelecer relacionamentos e acima de tudo desenvolver uma capacidade de socialização comunitária.

Porém, muitos resultados não foram positivos, porque o preconceito em relação à pessoa portadora de deficiência era marcante. Dessa forma, urgiu a ideia de procurar uma instituição que pudesse dar assistência a crianças com deficiência, pois seu filho não haveria de ser o único a apresentar esse problema, Fundando. assim. no dia 26 de julho de 1969, a APAE de Gramado.

Bem. mas como era necessário um local adequado para que as crianças pudessem obter um melhor aprendizado e um convívio direto com outras crianças especiais, pensou-se logo numa  escola, pois as crianças teriam uma educação direcionada, que daria prioridade na estimulação da pesquisa e no estudo., promoveria o bem estar e serviria de exemplo para a sociedade. Então, no dia 09 de novembro do mesmo ano, através de um Decreto Municipal n. 03/72, assinado pelo Interventor Federal de Gramado Sr. Horst Ernesto Volk, pelo Coordenado de Educação Sr. Gentil Bonatto e pelo Parecer 535/74, do conselho Estadual de Educação, Fundava-se a Escola Especial Mario Bertolucci, que mantida pela Prefeitura Municipal de Gramado, buscaria constantemente o melhor aos portadores de deficiência, trabalhando com o profissionais especializados pela melhoria das condições psicossociais dos portadores de deficiência.

As atividades da Escola iniciaram com 9 crianças e funcionava com duas salas anexas ao Grupo E. Santos Dumont, cedidos pela então diretora Rose Jung. Em março de 1972. através da continuidade do trabalho de pesquisa, o número de alunos atendidos passou para 16.

Em março de 1973, por determinação da 14ª Delegacia de Ensino de Caxias do Sul, e das Secretarias Municipais de Educação de Gramado e Canela, deu-se a fusão das Escolas destes dois municípios. A fusão ocorreu devido a falta de professores e para otimizar recursos escassos. Assim, em abril de 1973, sob a diretoria da professora Neiva Manea Michaelsen, iniciou-se a contratação do 1º técnico da Escola, bem como o Clube de Mães onde estas eram preparadas quanto a educação dos filhos. Ainda no ano de 1973, que foi solicitado o convenio como INPS, atual LBA, e após a fiscalização da equipe foi encaminhado o processo efetivando a aprovação do convenio.

Constando ainda no relatório de 1973, no dia 21 a 28 de setembro foi comemorado a 1 a semana do excepcional, que tinha por objetivo divulgar os trabalhos realizados na escola, conscientizar a população a respeito dos portadores de deficiência tentando buscar prevenção, mas acima de tudo apoio para desenvolver melhores atividades.

Em 1974, por determinação da Prefeitura Municipal de Gramado, a Escola passou a funcionar na Rua Garibaldi nº 567, sob a direção de Loni Winter, que além de muitas atividades desenvolvidas na Escola criou o Clube das Madrinhas, que tinham por objetivo organizar eventos para arrecadar fundos para a Escola. Os técnicos ministravam oficinas de pintura, costura e crochê visando o autodesenvolvimento do aluno e uma possibilidade de profissionalização.

Ainda em 1974, a escola foi vitima de arrombamento e furto como consta nos autos do livro de ocorrência 242/74, n.05, pág. 143 na cidade de Gramado, o que dificulta a coleta de informações referentes a este ano já que alguns documentos foram extraviados no local.

Tendo apresentado um bom desenvolvimento pedagógico, institucional, educacional, a APAE Gramado, em 1982, sentiu a necessidade de trocar experiências com outras APAES, para que pudessem unidas realizar campanhas que arrecadassem fundos e com isto, trocassem informações, ideias, atitudes.

A Escola sabendo de seu papel educacional e que invariavelmente a responsabilidade social passa pela educação, em 1983, evolui no planejamento da educação especial, conseguindo oportunizar atividades profissionais aos alunos, visando melhor integração com a sociedade.

De 1984 até 1990, a Escola continuou o trabalho de profissionalização, diagnostico e prevenção do portador de deficiência, buscando novas formas de planejamento educacional, bem como parcerias que pudessem apoiar as atividades.

Desde 1992 ate os dias de hoje muita coisa já foi feita pela Escola Municipal Mario Bertolucci, muitas parcerias foram concretizadas, reformas aquisição de materiais, campanhas para desmistificação dos portadores de deficiência, a luta constate para que estes possam ser inseridos no mercado de trabalho, o que de fato reforça o espirito com que estes profissionais trabalham em beneficio da causa que acreditam.

Data de publicação: 23/10/2018

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