Na sessão ordinária de segunda-feira, dia 10, Daiane Deimling Bourusewsky apresentou o Grupo Nascer Sorrindo Região das Hortênsias, abordando o assunto do parto humanizado e do aleitamento materno.

Grupo Nascer Sorrindo é tema de Tribuna do Povo

 

Na sessão ordinária de segunda-feira, dia 10, Daiane Deimling Bourusewsky apresentou o Grupo Nascer Sorrindo Região das Hortênsias, abordando o assunto do parto humanizado e do aleitamento materno. Ela falou e após apresentou um vídeo que originalmente é uma chamada para o SIA Parto – Simpósio Internacional de Assistência ao Parto que expõe a realidade.

 “Boa noite, sou Daiane Deimling Bourusewsky, casada com Felipe Bourusewsky, mãe da Helena de 1 ano e 8 meses, e gestante de 19 semanas da Rafaela. Sou natural de Dois Irmãos e moro no Villagio em Gramado desde 2010. Trabalho com minha família em uma Pousada, participo de três grupos de apoio em nosso município. Primeiro deles a AMAE que é uma proposta de empreendedorismo que concilia maternidade e profissão, já apresentada nessa Casa, nesse mesmo espaço pela Elis, presidente do Grupo, aqui presente. O Grupo de Apoio ao Aleitamento Materno, em que Mulheres, Mães de diferentes ocupações estão se capacitando nesse assunto por sentirem a brecha e assim tentarem auxiliar outras mulheres a superar as dificuldades nesse período. Também faço parte do Grupo Nascer Sorrindo desde a sua criação aqui na Região das Hortênsias que tem encontros bimensais, com rodas de conversa sobre gestação, parto, puerpério, aleitamento, nele participam mulheres, casais de estudantes, avós, que trocam e buscam o conhecimento que os preparem para a vinda de seus bebês. O nome Nascer Sorrindo não esta associado a um modismo ou ao marketing. Frederick Leboyer conhecido obstetra Francês de renome internacional chamou a atenção pelas formas de nascer abruptas, cheias de intervenções rotineiras e questionáveis, com o afastamento imediato de suas mães. Bebês nascendo de forma sofrida e na frieza de protocolos hospitalares há mais de quarenta anos. Ele propôs o acolhimento respeitoso, digno, no aconchego, no ambiente quente e acolhedor, livre de ruídos e luzes fortes, indo, após o nascimento direto para os braços de sua mãe, e somente realizar o corte do cordão umbilical após a parada de sua pulsação, para assim facilitar a transição da respiração deste recém nascido, possibilitando assim uma transição mais gentil, e uma veiculação afetiva, no entanto aqui a realidade se movimentou inversamente. Somos os campões mundiais de cesárias”, explicou. Nesse momento ela apresentou o vídeo.

Após Daiane continua “participo também desta tribuna para falar a vocês que infelizmente na minha primeira gestação eu fui enganada, tive uma gestação tranquila e saudável, me preparei para um parto normal e não fui respeitada. Infelizmente sou mais uma entre várias mulheres que passam pela triste situação. A cesária é muito importante no caso de uma gravidez de risco real, e de fato salva vidas. Infelizmente fui conduzida a não dizer obrigada a uma cesária obrigada, desnecessária, o médico usou de um abordo anterior, de um momento vulnerável e preferiu nos amedrontar ao invés de nos respeitar e nos incentivar ao nascer mais natural. Fui mais uma vítima de um sistema frio e desumano. Agora pergunto a vocês o que essa comunidade e assistência a saúde me oferece na vinda da minha segunda filha? De que forma posso me tranquilizar que a vinda da Rafaela vai ser respeitada? Porque mulheres assim como eu que entram em trabalho de parto são assim desmotivadas, amedrontadas, e coagidas. O que precisamos fazer para sermos de fato respeitadas e ouvidas? Parece que infelizmente não nos importamos com a forma como nascem os nossos bebês. Quem sabe chegou a hora de pensarmos em uma casa de parto e não mais em termos um hospital onde querendo ou não existem doenças e mortes. Nossa cidade é referência em tantas coisas, porque não no nascimento. No final vou entregar um material impresso de nossos grupos e ações. Agradeço a todos pela atenção”, disse Daiane.

Data de publicação: 11/07/2017

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