A vice-presidente do CONDICA – Letícia Orrijo da Silva falou na Tribuna do Povo da última segunda-feira sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Expolaração Sexual Cotnra Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio.

Representante do CONDICA usa a Tribuna do Povo

 

 

A vice-presidente do CONDICA – Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, Letícia Orrijo da Silva falou na Tribuna do Povo da última segunda-feira sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Expolaração Sexual Cotnra Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio. Na oportunidade também distribuíram folder sobre a campanha.

 

“O dia 18 de maio é um dia que demarca a luta pela conquista dos direitos humanos de crianças e adolescentes no território brasileiro. Este dia foi escolhido, pois em 18 de maio de 1973 na cidade de Vitória, Espírito Santos, um crime bárbaro chocou todo o País e ficou conhecido como caso  ‘Araceli’.  Este era o nome da menina de apenas 8 anos de idade que teve todos os seus direitos humanos violados, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe media/alta daquela cidade. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje esta impune.  A proposta da data de 18 de maio  é destacar a data para mobilizar, sensibilizar,  informar e convocar toda a sociedade para a luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes. É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito do desenvolvimento de sua sexualidade de forma segura e protegida, Livre de abuso e exploração sexual. Violência sexual é a situação em que a criança ou adolescente é usado para o prazer sexual de uma pessoa mais velha, ou seja, qualquer ação de interesse sexual, consumado ou não. É uma violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes porque abusa ou explora do corpo ou da sexualidade, seja pela força ou outra forma de coerção ao envolver crianças e adolescente em atividades sexuais improprias a sua idade ou seu desenvolvimento físico psicológico ou social.  A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas: pode ocorrer por abuso ou por exploração. Abuso sexual é qualquer forma de interação sexual entre um adulto e uma criança ou um adolescente, possui uma posição de autoridade e poder, utiliza se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente ou ainda de terceiros podendo ocorrer com ou sem contato físico.  Já a exploração, se caracteriza pela utilização de crianças e adolescentes com a intenção de lucros, seja financeiro ou de qualquer outra espécie.  São quatro formas que ocorrem à exploração sexual: em redes de prostituição, pornografias, rede de tráficos e turismo sexual.  A cada hora 228 crianças são exploradas sexualmente em países da América latina e Caribe.  E de acordo com a organização das nações unidas a ONU o Brasil esta no topo desta lista. Apenas em 2016, o disque denuncia que é o disque 100 recebeu 77.290 relatos de violação dos direitos das crianças e adolescentes, são 211 casos por dia.De acordo com a ouvidoria nacional dos direitos humanos 43% das vitimas de exploração sexual tem entre 0 e 7 anos. A melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção.  Ações como as que estão sendo desenvolvidas no centro de referencia de assistência social CRAS no bairro várzea grande e no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças e adolescentes do município de Gramado os quais estão vinculados a secretaria de cidadania e assistência social são essências para o combate deste tipo de violação de direitos, pois objetivam um trabalho informativo junto as familiais referenciadas no serviço mas para além disso necessitamos de sensibilizar a população em geral  e envolver profissionais da área de educação  e jurídica a fim de identificar crianças e adolescentes em situação de risco. Assim como devemos nos atentar  e precisamos para a necessidade de acompanhamento do agressor no sentido de rompimento desta violência.  Isto é uma discussão bastante envoga, não muita avançada neste sentido do atendimento e acompanhamento do agressor, mas estamos caminhando a nível nacional para isso”, disse.

Letícia frisou ainda que além dessa prevenção, o combate desta realidade exige que os casos sejam denunciados. “Por tanto se algum dos senhores souber de algum caso de violência sexual infantil procurem o Conselho Tutelar do município, delegacia, ligue para o disque denúncia nacional que é o disque 100. Façam a sua parte”, completou. Ao final foi mostrado um vídeo sobre os atendimentos e recursos.

Data de publicação: 24/05/2017

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