Na última segunda-feira, dia 13, o presidente da Comissão Interventora do Hospital Arcanjo São Miguel, Jeferson Moschem participou da sessão ordinária da Câmara Municipal

Interventor do Hospital participa de Sessão

Na última segunda-feira, dia 13, o presidente da Comissão Interventora do Hospital Arcanjo São Miguel, Jeferson Moschem participou da sessão ordinária da Câmara Municipal, oportunidade em que falou sobre os trabalhos desempenhados na entidade, desde o ato de intervenção no dia 29 de fevereiro de 2016, através do Decreto que declarou estado de perigo público iminente de interrupção na prestação de serviços hospitalares no Município, relacionados à UTI e setores de urgência e emergência; requisitou bens e serviços do Hospital Arcanjo São Miguel visando à manutenção da assistência médico hospitalar; e nomeou comissão intervencionista.

Na oportunidade haviam várias questões pendentes, entre elas:

  • PPCI

  • Alvará de Farmácia         (Estado)

  • Licença de operação da FEPAN

  • Alvará da Vigilância Sanitária (Estado)

  • Alvará dos Bombeiros

    (Todas já sanadas).

    Jeferson também explicou que encontraram um quadro com os colaboradores desanimados, desestimulados, inseguros e sem perspectiva, com o lado humano em bastante prejuízo. No hospital, na época, contavam com 273 colaboradores. Com os prestadores de serviços verificaram que havia uma distância muito grande entre a instituição e os mesmos, procedimentos e cirurgias sendo realizadas em outros hospitais da região e da grande Porto Alegre e descredibilidade com a instituição. A comunidade tinha uma visão desacreditada, insegura de maneira geral com os atendimentos da instituição de saúde, porém com um sentimento muito grande de apego e de mudança da situação existente. Além disso, um laudo feito pela engenharia clínica constatou que Em torno de 60% dos equipamentos do hospital estavam obsoletos/arcaicos.

    O Interventor citou investimentos feitos na área de equipamentos:

  • Autoclave CME;

  • Instrumental cirúrgico para Traumatologia;

  • Eletro cautério;

  • Mesa cirúrgica com acessórios; 

  • Monitor Fetal (Prefeitura);

  • Máquina de Lavar Roupas (Prefeitura);

  • Ultrassom para UTI;

  • Perfuratriz para Cirurgias de Traumato/Neuro;

  • Concertos, calibrações, manutenções de equipamentos diversos e contratos de manutenção preventiva R$ 500.000,00;

  • Exemplo: (Recuperação de equipamento de Endoscopia abandonado na empresa Endosul).

    Bem como ações na parte de Recursos Humanos:

  • Cursos em diversas áreas;

  • Humanização;

  • Reanimação de urgência e emergência; 

  • Reanimação Neonatal;

  • Liderança;

  • Faturamento;

  • Alinhamento Médico x Auditoria;

  • Segurança do paciente;

  • Implantação da qualidade;

  • Brigada de incêndio;

  • CIPA;

  • Trabalho em altura NR-35;

  • Classificação de risco;

  • Hoje o hospital conta com 305 colaboradores atendendo principalmente as exigências do COREN e Sindisaúde.

     

    E em seguida com os Prestadores de Serviços:

  • Aproximação e sensibilização para trazer e ampliar os procedimentos hora não realizados mais no hospital;

  • Diálogo da direção do hospital com a direção técnica/clinica médica na busca de um planejamento estratégico e novos investimentos, buscando alinhamento;

  • Criação da comissão técnica médica composta por 5 médicos de diferentes áreas com o objetivo de interagir com a parte médica e a direção;

  • Criação da comissão de enfermagem, com o objetivo de interagir com a direção e as equipes de enfermagem traçando ações e planejamentos.

    Em seguida falou da nova relação com a comunidade, com o Sindicato e dos processos que estão em andamento até chegar na questão das ações para 2017, que são:

  • Central de monitoramento e 10 monitores para UTI no valor de R$ 290.000,00 (Financiamento direto com a empresa, pago com recursos do estacionamento);

  • Craniótomo;

  • Máquina de hemodiálise;

  • Mesa cirúrgica;

  • Foco cirúrgico;

  • Sala de recuperação (mais leitos);

  • Sala de parto normal (e humanização do parto);

  • Capacitações contínuas;

  • Site do hospital;

  • Informativo do hospital;

  • Novos produtos de captação de recurso.

    Apresentou certidão negativa de débitos junto a União e outras declarações que mostram que os pagamentos aos profissionais tanto médicos como nas demais categorias estão acontecendo.

    Ao final respondeu alguns questionamentos dos Vereadores quanto ao estacionamento, atendimento de pessoas de outros municípios, formas de custeio dessa demanda, pediatria de plantão, troca de laboratório, falta de equipamentos, empréstimo da Prefeitura para o Hospital, sobre o sistema de informática utilizado, a troca de profissionais de ortopedia, o diálogo com a Prefeitura, o plano de fato para o Hospital para o futuro, sobre o Cartão amigo e o Troco Amigo e onde os recursos serão investidos, também foi solicitada uma análise sobre a intervenção se do ponto de vista dele foi negativa ou positiva, as perspectivas do futuro e se tem dividas ou passivos judiciais ou trabalhistas, bem como quais são os principais problemas que levam as pessoas ao hospital, e quais ações estão sendo tomadas para não lotar a emergência. Os Vereadores solicitaram retorno dos pedidos feitos e ressaltaram que não foi possível, devido à entrega de alguns documentos, por parte do Hospital, ter ocorrido próximo do fechamento da Casa, o acesso aos mesmos até o momento da Sessão. Ainda, buscaram saber sobre cobranças na UTI para procedimentos, falaram sobre a questão do plantão cardiológico na urgência e emergência, bem como da importância de atendimento obstétrico, ginecológico e pediátrico presencial, eles solicitaram também como é a questão da contrapartida dos planos e de outra entidades que utilizam a estrutura do Hospital.

Data de publicação: 17/03/2017

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