Pai usa a Tribuna do Povo para denunciar casos de abuso em escola pública de Gramado

por Paulo Vargas publicado 26/11/2024 10h24, última modificação 26/11/2024 10h24
Pai usa a Tribuna do Povo para denunciar casos de abuso em escola pública de Gramado

Foto: Letícia de Lima

Na 37ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Gramado, realizada nesta segunda-feira, dia 25, Alessandro Müller Silveira ocupou a Tribuna do Povo para abordar a necessidade de maior fiscalização quanto à segurança e proteção dos alunos da rede pública de ensino contra o abuso infantil. Em seu discurso, Alessandro compartilhou a história de seu filho, de apenas dois anos, que mantinha o hábito de levar pequenos presentes, como flores, para seus professores e colegas no educandário de educação infantil em que estuda.

Ele destacou com emoção que o menino, carinhosamente, chamava a professora de "Pops" e havia aprendido a dizer "amo tanto". No entanto, Alessandro relatou que essas pequenas demonstrações de afeto foram interrompidas nos últimos meses devido a episódios de violência e negligência que vieram à tona na instituição frequentada por seu filho.
Ainda destacou que as denúncias de abusos físicos e psicológicos não são recentes e refletem um padrão de descaso. Mencionou a gravidade dos casos, cobrando da Câmara e do poder público municipal uma atuação mais rigorosa na fiscalização das escolas públicas, especialmente no que diz respeito à proteção de crianças mais vulneráveis, entre 0 a 6 anos.
Durante seu pronunciamento, Alessandro mencionou que o medo de represálias é uma das razões que impedem funcionários e familiares de denunciarem os abusos. Ele pediu ações contundentes e cobrou que os responsáveis por esses atos sejam exemplarmente punidos, rejeitando soluções paliativas como afastamentos ou transferências.
Em seu pronunciamento, o pai destacou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lembrando que é dever de toda a sociedade e do poder público assegurar os direitos fundamentais das crianças, incluindo segurança, dignidade e respeito. “Não estamos pedindo um favor, mas exigindo o cumprimento de direitos básicos”, afirmou. Ele finalizou seu apelo com um pedido para que a Câmara de Vereadores assuma um papel ativo no combate a essas situações, reiterando a urgência de medidas que garantam um ambiente seguro e acolhedor para todas as crianças.